28 de outubro de 2007

Alentejo quer formar 11 mil trabalhadores no turismo

O sector turístico alentejano vai precisar de duplicar os 11 mil trabalhadores que actualmente preenchem os quadros das unidades hoteleiras para responder aos vários investimentos previstos para a região, nos próximos cinco a dez anos. As micro, pequenas e médias empresas receiam, por isso, perder a mão-de-obra para os grandes projectos e reclamam uma "urgente formação" de pessoal, que pode passar pela instalação em Évora de uma escola de hotelaria.

A preocupação da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA) tem por base os cinco mil novos empregos previstos para os empreendimentos do Litoral Alentejano - Pinheirinho, Costa Terra e Tróia Resort -, a que se seguem mais seis mil para integrarem as 11 unidades territoriais previstas para Alqueva e para os cinco complexos que já obtiveram o estatuto de Potencial Interesse Nacional (PIN) projectados para Évora - Herdade dos Almendres, Évora Safari Park, Herdade dos Padres, Herdade das Fuzeiras e Évora Resort. Este último é liderado por Jaime Antunes, um empresário que ambiciona transformar a capital do Alto Alentejo num destino de golfe, através de um investimento global de 800 milhões de euros.

E os empresários debatem-se já com a falta de mão-de-obra qualificada, uma vez que apenas 20% dos trabalhadores frequentaram cursos de hotelaria e turismo. "Corremos sérios riscos de ver as grandes unidades irem buscar pessoal às empresas pequenas, quando precisarem de 200 ou 300 trabalhadores", alerta Francisco Zambujinho, presidente da ARPTA.

O presidente da Região de Turismo de Évora, João Andrade Santos, garante que o plano turístico para o Alentejo projectado em 2002 falhou, justamente, "devido à falta de recursos humanos", aproveitando para reivindicar para Évora uma escola superior de hotelaria.

E a crescente procura parece justificá-la. Até Agosto, as 134 unidades hoteleiras do Alentejo tiveram uma receita de 40 milhões de euros, quando no período homólogo de 2006 não foram muito além dos 30 milhões.


In Diário de Noticias online

19 de outubro de 2007

Queda de granizo destrói plantações em Murça


Chuva forte acompanhada de granizo destruiu entre 90 a 100% das plantações agrícolas da freguesia de Jou, concelho de Murça, o equivalente a cerca de 200 hectares de terreno. "Numa primeira avaliação, os prejuízos devem ascender a 1,2 milhões de euros, disse ao DN o presidente da câmara, João Luís Teixeira.

A queda de granizo, que destruiu parte dos caminhos agrícolas da freguesia, ocorreu entre as 17.00 e as 18.30 e, segundo o autarca, "devastou quase por completo as produções de maçã, pêra, cereja, castanha", assim como "as plantações de batata, cereais e produtos hortícolas". A vinha "também ficou praticamente destruída, afirmou.

De manhã técnicos da Direcção de Agricultura de Trás-os-Montes e Alto Douro estiveram no terreno - onde ainda eram visíveis pedras do tamanho de um ovo de galinha - para avaliar os estragos. "O relatório deve estar concluído brevemente e, de imediato, pediremos uma compensação financeira ao Ministério da Agricultura para apoiar os nossos agricultores", disse João Luís Teixeira.

Este é o quatro ano consecutivo que a região de Trás-os-Montes e Alto Douro é afectada pelo mau tempo no mês de Junho. Em 2004, no dia 7, uma forte tromba de água caiu sobre Murça, tendo destruído cerca de 700 hectares de vinha e olival da freguesia de Candedo, afectando, sobretudo, a produção destinada a vinho do Porto. Um ano depois, uma trovoada com queda de granizo provocou elevados prejuízos nas culturas e vinhas dos concelhos de Peso da Régua, Vila Pouca de Aguiar, Montalegre e Mondim de Basto. E em 2006, 1700 hectares de vinha foram destruídos pela chuva que caiu sobre o distrito de Vila Real.

In Diário de Noticias online